Por Francielle Rezende
Se você acompanha as nossas postagens, já deve saber que o segundo tema transversal mais votado pelas (os) professoras (es) que se inscreveram no projeto da Rádio Traquinagem em parceria com as escolas foi — Tchã, tchã, tchã...
Sustentabilidade!
O mundo todo está falando sobre isso, não é? Reciclagem! Quem nunca ouviu? Aquecimento global! Conhece também? A gente fala, fala e fala. Mas em profundidade, você se sente preparada (o) para conversar sobre biodiversidade com as crianças que estão ao seu redor?
Difícil, não é? E mais difícil ainda é pensar em como a escola pode garantir uma prática social dos estudantes diferente do que estamos fazendo enquanto brasileiros, enquanto humanidade. Como transgredir da lógica do mercado para a lógica da humanidade? Como se entender como humana (o) que é biodiversidade como qualquer outro animal? Como levar as crianças a se emocionarem com a natureza, se encantando com o belo e se indignando com a destruição, com a exploração? Como dar ferramentas para que as crianças criem um espaço psíquico em que se entendam como parte da natureza (e não proprietárias), assim como, responsáveis pelas consequências da forma que se relacionam com a vida? Como fazer isso, se todos os dias escolhemos a lógica do mercado e falhamos enquanto humanidade? O fato é que cada uma e cada um é protagonista nessa relação, mas por algum motivo agimos como se estívessemos assistindo um filme qualquer sobre o fim do mundo e essa nossa postura enquanto adultos é uma desserviço à educação das crianças.
A Rádio Traquinagem é boa mesmo em fazer perguntas. Temos poucas respostas, alguns caminhos e muita esperança. Um dos caminhos que acreditamos é a literatura porque ela emociona! Além da literatura, outro caminho que acreditamos é o contato com quem sabe se relacionar com a natureza, isso porque sabemos que as crianças aprendem legitimamente quando estão expostas a uma rede de conversa sincera, com referências que realmente acreditam e se emocionam com o objeto de ensino-aprendizagem. E foi assim, que chegamos na Nurit Bensusan, uma mulher que tenta se formar libélula e luta por uma conscientização que assegure relações mais harmônicas da sua espécie com a natureza.
Ela participou lendo o seu livro "Quanto dura um Rinoceronte?" no episódio #2 da Segunda Temporada, conduzindo os pequenos ouvintes a se emocionarem com a extinção desses animais e a perceber as possibilidades de mudar essa realidade. Não vou contar mais! Se ficou curiosa (o)...
As nossas traquinas apresentadoras, Liz e a Leila, cuidaram para que o episódio não perdesse o caráter brincante e perguntaram aos pequenos ouvintes:
Qual seria o seu super poder para proteger a natureza?
É uma pergunta que pode ser considerada tanto argumentativa, quanto imaginativa. Mas que de qualquer forma, aproxima os ouvintes dessa realidade urgente: encontrar soluções práticas para minimizar os impactos no meio-ambiente. Ao ser direcionada pelas (os) professoras (es), a busca pela resposta resultou, por exemplo, em campanhas de conscientização na Escola Estadual Professora Francisca Tamm Bias Fortes.
Que tal acompanhar o trabalho belíssimo desenvolvido do 1º ao 5º na Escola Estadual Francisco Escobar aqui de Poços de Caldas?
Ficamos por aqui, acreditando que o super poder da Rádio Traquinagem para proteger a natureza é contribuir com uma educação que problematiza esse tema. E aí, querido (a) leitor (a)? O que você achou dessas reflexões em torno do tema "sustentabilidade"? Conta para a agente o que achou e não se esqueça de responder qual é o seu super poder que protege ou poderia proteger a natureza.
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